A cultura em que o sujeito vive afeta o psiquismo, através dos dogmas, crenças que esta se rege. Segundo Ferenczi, faz com que a coerção social leve o sujeito a desenvolver organizações defensivas de recalcamento de desejos e fantasias. As representações do trauma patológico são obrigadas a desaparecer sem deixar traços. Frequentemente Ferenczi se referiu a processos defensivos como sendo dirigidos ao mundo externo. Para Freud a defesa é algo normal do mecanismo inibitório para evitar a descarga por uma via que libere desprazer.
Neste encontro iremos discutir o texto “Fantasias provocadas” de Sándor Ferenczi. A origem da palavra fantasia vem de “fantasma, fantástico”, a partir de algo que se revela, que se mostra ou deseja tornar-se visível. Na psicanálise entendemos por fantasia um processo imaginativo para realização de um desejo, pode ser de forma consciente numa elaboração durante a vigília ou inconsciente mediante elaboração onírica encoberta por representantes simbólicos do desejo. Todavia existem pessoas que devido ao recalque tem dificuldade de se expressar, observando isto na clínica o autor começou a estimular a capacidade de criar fantasias artificiais nos seus pacientes, como forma de baixar as defesas intelectuais e assim poder acessar com maior facilidade ao conteúdo recalcado.
Para poder implementar a técnica psicanalítica o próprio analista, deve buscar manter uma postura de humildade (ser capaz de recuar, manter uma relação terapêutica horizontal) e a autoanálise metódica para conseguir reconhecer com lucidez, suas emoções e afetos envolvidos na contratransferência, e assim não quedar impotente diante do manejo nem causar um efeito iatrogênico no paciente.
Ministrado pelos psicanalistas: Danilo Guerrero e Gimena Feola
Evento on-line e interativo pela plataforma ZOOM
1h30 *com certificado*
08.11 às 19h
Gratuito
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